Amadurecimento para ignorar críticas em função do gosto pela noite, braçadeira, decisões da Copa do Brasil e da Libertadores e saudades de Bruno Henrique são temas de entrevistão ao ge
Gabigol vive ano de novos prazeres no Flamengo. É, sim, mais uma vez o artilheiro do time na temporada. Mas roubar bolas, abrir espaços e dar passes para os companheiros têm lhe garantido satisfação pessoal com peso de gols e rendem elogios de quem o cerca. Em 2022, Gabriel também tem as faces de “Gabisolidário” e “Gabilíder”.
– Estou ficando velho, né? (risos) – disse Gabi ao ser perguntado sobre seus novos prazeres.
Contra o Inter, por exemplo, dava combate no goleiro Keiller já nos acréscimos de um jogo que pouco mudaria o destino do Flamengo dentro do Brasileiro. Ganhou aplausos da arquibancadas e elogios de Dorival Júnior no último final de semana.
– Nunca vi o Gabriel tão integrado e tão interessado assim. O dirigi por quase dois anos, ele tinha uma característica completamente diferente. A participação dele tem sido elogiável em todos os aspectos. Jogador muito importante para a equipe. Amadureceu, cresceu e está lutando por vaga na seleção brasileira. É um dos jogadores mais confiáveis da nossa equipe – disse o treinador.
O esforço para executar uma nova função lhe afasta das redes. Vive seu ano com menor média de gols (0,48 por jogo) desde a chegada à Gávea. Mas isso não preocupa Gabriel.
– Estou ficando velho, né? (risos). No jogo do Fortaleza, o Dorival chegou em mim e falou: “Ó: você vai ser o capitão do time, tem um moleque de 17 e um de 18 do seu lado”. Aí eu falei para ele: “Pô, antigamente eu era o moleque mais novo, lá no Santos (risos). Eu acho que você vai mudando, aprendendo e crescendo.
– E creio isso que isso só é bom para mim aqui no Flamengo. A gente não sabe o que pode acontecer daqui a um tempo, se vem outro jogador jogar ao meu lado ou se eu tenho que fazer outra função. Então estou ganhando com isso e creio eu que, hoje em dia, dar um passe, tirar uma bola importante ou fazer um movimento sem bola é como se fosse um gol para mim.
O “velho” Gabigol, de 26 anos e o quarto mais novo dentre os titulares de Dorival Júnior, também usa a experiência para driblar as críticas ao gosto pela noite e pelo rap. Dá de ombro para ela e evita o embate.
– Mas é justamente isso que eu penso, sabe? Por que eu vou responder bobagem? A questão do artista faz muito tempo, muito tempo mesmo, mas aí só percebem quando o time não está ganhando. A questão do rap, sempre teve rap. Sinto informar que quando tiver show de rap e eu estiver de folga, eu vou estar lá (risos). Não é nada demais, cada um curte o que quiser. Tem gente que vai para a igreja, tem gente que vai para a praia, tem gente que vai surfar, tem gente que vai fazer churrasco em casa.
Experimentado, Gabigol também falou muito das decisões e especialmente do Corinthians, rival do Flamengo nas próximas duas quartas-feiras em partidas que definirão o novo tetracampeão da Copa do Brasil. Leia abaixo:
Finais
Corinthians mais forte após jogos da Libertadores
– Eu acho que isso vai ser estudado com o professor Dorival (pontos fortes do rival). A gente sabe que vai enfrentar uma grande equipe, eles vêm crescendo bastante durante esses últimos meses, encontrando um jeito de jogar diferente de quando a gente os encontrou na Libertadores. Eles estão mais confiantes.
– A gente sabe do potencial também de cada jogador individualmente, que pode decidir a qualquer minuto. E também a torcida deles, que é realmente incrível. Então tem tudo para ser um grande jogo. O campo é muito bom, então tem tudo para serem duas grandes finais.
Decidir em casa é melhor, opina Gabriel
– Eu, Gabriel, prefiro definir em casa. Eu acho que é difícil a gente falar o que a gente acha porque cada um tem a sua preferência. Mas eu acho que decidir na sua casa sabendo que você pode ser campeão em casa ou também vir de um resultado negativo no primeiro jogo e poder reverter em casa… Creio eu que tem uma vantagem. Mas é muito pequena.
– Não, são outros jogos, é outra história. Com o Athletico-PR é um jogo só. Com o Corinthians, eles estão em outro momento. Eu costumo falar: aquilo que já passou, passou. Como eu também falo dos títulos que já passaram, agora a gente tem que pensar nos próximos e os próximos jogos, que são jogos completamente diferentes.
Estilo de jogo
Como foram as conversas e os bastidores da mudança de posicionamento?
– Na verdade não teve bastidor assim né. Obviamente que com o Pedro eu tenho que mudar um pouco o meu jogo. Claro que tem o dedo dele (do Dorival), mas eu acho que são coisas que vão acontecendo durante o jogo que nos fazem criar novos movimentos, novas jogadas, novos entrosamentos com os laterais e com os meio-campistas. Então eu acho que foi acontecendo naturalmente, a gente foi se encaixando. No começo era um pouquinho diferente para mim, e com os jogos, com o entrosamento e com a sequência, as coisas foram melhorando e têm dado muito certo.
Tem jogado um futebol mais solidário?
– Sim, creio que sim. Acho que há coisas que acontecem na nossa vida que talvez te fazem enxergar diferente as coisas. Tenho aprendido muito não só quando eu faço gol, mas também quando eu não faço. Quando eu dou o passe ou quando eu não dou. Acho que antigamente eu tinha mais aquele pensamento de: “Pô, fiz gol. Tenho que fazer gol no próximo jogo”. Hoje eu tenho um pensamento mais amplo disso, creio que eu tenho que ajudar o time.
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