Após episódio de racismo na Libertadores, AFE cria campanha antirracista para Ladies Cup

Resumo

“Guerreiras Contra o Racismo” guiará ações do clube na última competição da temporada do futebol feminino

Depois que atletas da Ferroviária repudiaram publicamente um episódio envolvendo ofensa racista no jogo entre Corinthians e Nacional-URU, no mês passado, pela Libertadores feminina, o clube decidiu criar uma campanha antirracista pela Copa das Senhoras, que começou neste domingo.
A ação, intitulada “Guerreiros Contra o Racismo”, tem a ideia de conscientizar a população sobre as diferentes formas de preconceito na sociedade.
Para isso, assim como fizeram contra o São Paulo, os atletas entrarão em campo em partidas com camisas com os mais diversos termos de cunho ou origem racista. A campanha foi idealizada a partir de uma palestra da assistente social do clube, Priscila Almeida.

– Trouxemos algumas frases e expressões racistas que a gente utiliza cotidianamente sem perceber e a gente nunca parou para refletir sobre isso. Discutimos isso com as meninas, foi um processo de construção com elas, pois também trouxeram outras palavras que usamos diariamente e não percebemos, então foi um processo de construção da campanha em conjunto – disse a profissional.

A goleira Luciana, uma das atletas que assumiu uma postura mais contundente após o caso envolvendo a atleta Adriana, do Timão, explicou como funcionará a ação e que provavelmente permanecerá em 2022.
Além disso, ela fez questão de mencionar que as atitudes antirracistas precisam ir além do campo e que o Brasil inteiro vai aprender com os dizeres das camisas bordô.
– A importância deste projeto vai além de muitas coisas. Não é apenas em um jogo, não apenas em uma semana, mas diariamente. (…) Essa campanha vai ensinar não só a nós, mas também ao Brasil e ao mundo inteiro, pois a Taça das Senhoras trará times do exterior. Vamos mostrar a todos o quanto é importante não ser racista e temos que lutar contra isso, custe o que custar – concluiu.

Na mesma linha, a meia-atacante Aline Milene também exaltou a importância do posicionamento da Locomotiva na luta contra o preconceito. 

– Nós vivemos em uma sociedade mega racista. É muito importante a gente ser antirracista, e eu, enquanto mulher negra, aproveitando a abertura que o futebol tem, [penso que] precisamos falar mais sobre o assunto. É abraçar essa causa e levar para as pessoas cada vez mais. A gente precisa ser antirracista a todo momento. Essa é a forma que nós temos de levar para as pessoas que estão nos assistindo, para acabar com isso.

Após derrota por 1 a 0 para o São Paulo na estreia, o próximo compromisso das Guerreiras Grenás pela Ladies Cup é contra o Internacional, na terça-feira, às 10h.

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