Aos 38 anos, Thiago Silva sonha com o hexa e tem plano para quando pendurar as chuteiras: ser técnico

Resumo

Zagueiro da seleção brasileira, Thiago Silva completou 38 anos e se prepara com cursos para ser treinador no futuro, quem sabe, segundo ele, na seleção brasileira algum dia

O zagueiro Thiago Silva é um dos mais importantes zagueiros brasileiros dos últimos anos e tem muitos episódios importantes na carreira – nem todos bons, é de se ressaltar. Ainda assim, é notável que chegue aos 38 anos, completados no último dia 22 de setembro, jogando em alto nível e ainda na seleção brasileira, prestes a ir a mais uma Copa. Em entrevista à CBF TV, ele falou sobre isso e também sobre planos futuros: ele quer ser técnico.

Há uma disputa aberta por uma vaga como zagueiro na Copa do Mundo, mas Thiago Silva não está nela. A vaga dele está garantida, assim como Marquinhos e Éder Militão. Ao que tudo indica, ele será titular do time, ao lado de Marquinhos, com quem jogou no PSG. Agora no Chelsea, ele tem jogado ao lado de outro zagueiro de alto nível e que estará na Copa por Senegal, Kalidou Koulibaly.

“Eu sabia que me cuidando, eu poderia jogar em alto nível mesmo com a idade mais elevada. Aos 37 anos, agora com 38, os atletas já encerraram ou estão encerrando, mas eu estou vivendo um momento único na minha carreira. Estou em um dos maiores clubes do mundo e na maior seleção de todas, e prestes a jogar a minha quarta copa do mundo. Eu nunca imaginei que com 38 anos eu viveria esse momento, tanto profissional, como pessoal”, disse o zagueiro.

Era de se esperar que a sua saída do PSG significasse o fim da passagem de alto nível pela Europa. Ele deixou o clube parisiense como capitão e com o seu último jogo na final da Champions League daquela temporada 2019/20. O PSG acabou derrotado pelo Bayern de Munique por 1 a 0. Só que Thiago recebeu uma proposta para jogar na maior liga do mundo, a Premier League, e pelo Chelsea.

Desde então, são 89 jogos pelos Blues, com cinco gols marcados. Conquistou o título da Champions League em 2020/21, já com o técnico Thomas Tuchel, que deixou o clube neste mês para a chegada de Graham Potter. Tornou-se um jogador importante do elenco dos Blues. As desconfianças com a sua idade, que são naturais, se dissolveram à medida que o jogador acumulou bons jogos.

Pela seleção brasileira, são 108 jogos, o mais recente deles no amistoso em que o Brasil venceu Gana por 3 a 0. Ele é o zagueiro com mais jogos com a camisa da seleção brasileira. É o quinto no total, atrás apenas de Cafu (142), Roberto Carlos (125), Daniel Alves (124) e Neymar (120). Ultrapassou Lúcio, que tem 105.

Sua trajetória pela seleção brasileira é notável, primeiro como garoto em 2010, sendo reserva de Lúcio e Juan, dois dos grandes jogadores brasileiros na posição, depois assumindo a titularidade. Na Copa do Mundo de 2014, chegou como destaque, um zagueiro de peso no futebol europeu, de qualidade reconhecida e com a braçadeira de capitão do time. Foi lá que viveu o seu pior momento. Não pelas atuações em campo, que foram boas.

O problema foi de postura, especialmente contestada nas oitavas de final, quando o Brasil fez um péssimo jogo e foi para os pênaltis com o Chile. Na disputa, o zagueiro parecia muito abalado, sentou em uma bola e chegou a ficar de costas para os penais. Precisou ser consolado pelo técnico Luiz Felipe Scolari e por Paulinho. Falamos sobre isso na época neste texto: “Thiago Silva é craque, mas não tem sido o líder que o Brasil precisa para ser campeão“.

Aquele momento ficou muito marcado. Não foi a primeira vez que um jogador, ou técnico, se abalou em uma disputa de pênaltis. Mas era um time pressionado por estar jogando uma Copa do Mundo em casa, com todo o peso que tem a camisa da seleção brasileira, com o fantasma da Copa de 1950, o medo do fracasso.

Aqueles jogadores sentiram isso e, apesar de não ter afetado Thiago Silva em termos de desempenho, afetou em um momento que se esperava dele uma postura de capitão, de reunir o time, incentivar e buscar, na motivação, manter o moral alto para um momento tenso. Ele foi o contrário disso.

Aquele momento deixou marcas. No ano seguinte, em 2015, já com Dunga no comando da seleção, ele voltou ao time na Copa América e cometeu um pênalti absolutamente estúpido. Foi um dos momentos que ele foi mal e ainda parecia ser afetado por questões muito mais da cabeça do que do ponto de vista físico ou técnico.

Aos poucos, Thiago Silva retomou o seu posto de jogador importante, especialmente com a chegada de Tite à seleção. Outros jogadores atuaram por ali, mas seria Thiago Silva a se consolidar na posição, Chegou à Copa 2018 como titular e foi um dos destaques do Brasil. Foi seguro, eficiente e um dos melhores do torneio na sua posição. O Brasil acabou eliminado nas quartas de final.

Poderia ter sido a última Copa do “Monstro”, mas ele continuou no elenco. Passou por todos os momentos deste ciclo e, mais uma vez, superou a concorrência e será um dos zagueiros brasileiros na Copa.

A concorrência é forte, seja com Éder Militão, seja com outros jogadores que buscam espaço, como Bremer, convocado pela primeira vez e que estreou justamente entrando no lugar de Thiago Silva contra Gana, seja com outros jogadores que podem pintar até a lista final, como Gabriel Magalhães ou Lucas Veríssimo.

Tite mesmo gosta de elogiar o jogador por sua alta capacidade técnica e excelente leitura de jogo, além de bom jogo aéreo. Há questionamentos em relação à sua capacidade física em jogos que isso será mais exigido, mas até aqui, ele tem ido bem.

“Sabem por que ele faz mal ao futebol? Porque ele faz as coisas parecerem muito fáceis, e elas são difíceis pra caramba. Ele consegue tomar as decisões mais claras, lúcidas e transparentes com um desempenho técnico impressionante”, afirmou Tite neste sábado, segundo relata o UOL Esporte.

Já de olho na Copa do Mundo, Thiago Silva fez 38 anos com um sonho que é compartilhado por milhões pelo Brasil: o título na Copa do Mundo, que encerraria os 20 anos sem título – ou quatro Copas. O maior jejum do Brasil em títulos de Copa é de 24 anos, entre 1970 e 1994. Caso o Brasil não ganhe em 2022, igualará essa marca para a próxima Copa, em 2026.

“Não é só meu desejo, mas de todos nós que estamos nesse convívio, nessa luta e abdicando de muita coisa para estar aqui. Meu pedido é esse tão sonhado hexacampeonato para completo para poder completar essa harmonia e esse ambiente que temos com título. A partir do momento que estamos na Seleção, já somos vitoriosos porque é difícil pra caramba chegar aqui. Muita gente queria estar no meu lutar. É um privilégio enorme fazer parte da seleção brasileira”, comentou Thiago Silva.

Apesar da longevidade notável, Thiago Silva sabe que a carreira está chegando ao fim. O zagueiro já tem planos para quando pendurar as chuteiras. Ele já tem feito cursos na CBF Academy para se tornar técnico. Se prepara para o pós-carreira.

“Eu tenho um grande sonho de terminar minha carreira bem, de dar sequência como treinador. Quem sabe algum dia como treinador eu possa comemorar mais um aniversário com a camisa da Seleção”, disse o jogador.

Sua carreira de jogador vai ao menos até o final da atual temporada, em junho de 2023, pelo Chelsea. O zagueiro tem a expectativa de receber proposta para renovar o contrato por mais uma temporada, quando, aí sim, talvez pendure as chuteiras. Até lá, espera manter-se em alto nível e, quem sabe, com o título da Copa do Mundo no currículo.

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