O ano do Orgulho Rubro-Negro foi 2007

Resumo

Tri carioca, arrancada no Brasileiro e eliminação honrosa na Libertadores reataram harmonia entre time e torcida

O maior patrimônio do Clube de Regatas do Flamengo são seus torcedores. E, em 2007, essa relação ficou ainda mais forte. O que vimos nesta temporada foi uma verdadeira história de amor. Os rubro-negros nas arquibancadas se identificaram com os rubro-negros em campo, houve comentários e o ano terminou com a equipe sendo aplaudida de pé pelo título estadual, a eliminação, de certa forma, honrosa da Taça Libertadores e uma sequência fenomenal no Campeonato Brasileiro.


Em 2007, a torcida do Flamengo voltou a mostrar sua força, teve 8 dos 10 maiores públicos do Campeonato Brasileiro, além da maior média de público da competição com 48.619 torcedores por jogo no Maracanã. No ano, a média do Flamengo foi de 42.015, enquanto do Carioca foi de 30.979 e da Libertadores, de 33.615. Ainda neste ano, a Torcida do Flamengo foi tombada como Bem Cultural da Cidade do Rio de Janeiro e conquistou o Prêmio Torcida de Ouro do Campeonato Brasileiro 2007, concedido pela CBF, e o Prêmio Jornal Globo Faz a Diferença.

O ano de 2007 foi visto com muita expectativa pela torcida rubro-negra. O clube voltou à Libertadores após cinco anos afastado, e para chegar lá, no ano anterior o clube conquistou a Copa do Brasil de 2006 sobre o Vasco, título conquistado pelo clube apenas em 1990 até então. Outro motivo de certo entusiasmo entre os torcedores foi que o clube conseguiu finalizar o Brasileiro anterior na parte intermediária da tabela, fato que não ocorria há algum tempo quando o clube acabou ficando na parte de baixo da tabela. Além disso, o clube reforçou seu elenco para fazer uma boa temporada, e pela primeira vez em muito tempo, decidiu manter o treinador por um bom período.

O ano começou com a conquista da Taça Guanabara sobre o Madureira, após passar o Vasco nos pênaltis nas semifinais. Mas a final não foi tão fácil quanto parecia. O clube já havia perdido por 4 a 1 para o Madureira na primeira fase da Taça Guanabara e ainda perdeu o primeiro jogo da final, por 1 a 0. Mas no jogo decisivo, nada conseguiu parar o time rubro-negro, que apoiado por mais de 60 mil torcedores venceu o jogo por 4×1 e sagrou-se campeão da Copa e ainda garantiu vaga na final do Carioca.

Na Copa Rio, passou a jogar pelo time formado pelos reservas, por conta da Libertadores. Com o time reserva, o clube só apareceu na segunda fase do Carioca, e não se classificou para a fase final.

O Botafogo foi campeão da Taça Rio e foi enfrentar o Flamengo na final do Estadual de 2007. O alvinegro era o favorito, e muitos especialistas o colocavam como o melhor time do país. Pela Taça Guanabara, os dois clubes fizeram uma grande partida que terminou empatada em 3 a 3 e assim se manteria ao longo do ano, das cinco partidas entre os clubes, todas terminaram empatadas. Depois de um primeiro jogo disputado que terminou empatado, a torcida do Botafogo ficou chateada, pois abriu 2 a 0 e após um erro do goleiro e um pênalti cometido por ele, que foi expulso, o Flamengo empatou o jogo.

Já na segunda partida, o clube de General Severiano, começou melhor, mas foi o Flamengo quem abriu o placar com Souza. O alvinegro correu atrás da derrota e deu a volta por cima, mas o clube da Gávea foi buscar o resultado, e com gol de fora da área de Renato Augusto, o Flamengo empatou o jogo levando assim para os pênaltis, e aí começou a brilhou o goleiro Bruno, que cobrou duas faltas e após cobrança de falta de Léo Moura, o Flamengo conquistou o Campeonato Paulista de 2007, diante de mais de 63 mil torcedores.

Na Libertadores, após uma excelente primeira fase, terminando em primeiro lugar no seu grupo e em segundo na classificação. O Flamengo foi ao Uruguai enfrentar o Defensor nas oitavas de final. Lá acabou dando a chance de vencer o Bicampeonato, o clube perdeu por 3 a 0 após uma partida ruim. No Rio, a torcida fez sua parte e colocou 60 mil pessoas no Maracanã. Mesmo em noite inspirada por Renato Abreu, autor de dois belos gols, o Flamengo não conseguiu diminuir a diferença conquistada pelo clube uruguaio, que acabou com arbitragem contestada de Héctor Baldassi no Maracanã. O Flamengo acabou eliminado da Libertadores, mas mesmo com a derrota, a torcida aplaudiu os jogadores de pé ao final da partida.

No Campeonato Brasileiro de 2007, o Flamengo teve vários jogos adiados por conta do Pan de 2007, com isso o time ficou 13 rodadas na zona de rebaixamento. Ney Franco foi demitido, e o clube trouxe Joel Santana junto com alguns reforços como Ibson, Fábio Luciano e Maxi. A torcida do Flamengo continuou incentivando cada vez mais o time e o clube conseguiu terminar na terceira colocação, em uma sequência incrível, conquistando uma vaga para a Libertadores 2008 com uma rodada de antecedência.

Outros esportes: O ano também foi marcado por contratações e ótimos resultados no basquete. Marcelinho Machado, Duda e companhia chegaram à Gávea e levaram o time rubro-negro ao seu primeiro título na história do Campeonato Nacional da modalidade, desde que passou a ser organizado pela CBB. O troféu só veio em 2008, mas a campanha começou no ano anterior.

O ano também marcou o lançamento da Superleague Formula, uma competição de automobilismo entre clubes de futebol. Na temporada, realizada na Europa, o Flamengo, representado pelo piloto Tuka Rocha, acabou não indo muito bem.

Momento do Ano: Arrancada no final do Campeonato Brasileiro
Personagem do Ano: Ibson
Jogo do Ano: Flamengo 2 x 2 Botafogo, segundo jogo da decisão do Estadual
Artilheiro do Ano: Souza, com 15 gols

Ex-Flamengo revela segredo de arrancada de 2007: ‘Papai Joel colocava filhinhos para dormir cedo’

Para o meia Ibson, o ano de 2007 não foi marcado apenas pela incrível campanha do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Foi também o ano em que se tornou pai e o jogador quase não perdeu o nascimento do filho.

“Tivemos um jogo no dia 31 contra o Corinthians, e no dia 29 o Joel [Santana, técnico] fez todos se concentrarem e nos reuniu na sala. Ele estava jogando cacheta [jogo de cartas] quando minha mulher me ligou: ‘Querido, minha bolsa estourou’. Eu disse: ‘Ah, sim’, desliguei e continuei jogando cartas. Não afundou [risos]”, disse o meio-campista à ESPN.com.br.

O jogador teve de ser “avisado” por um dos seus companheiros na notícia e ainda teve de se explicar ao treinador.

“Diego [goleiro] falou: ‘Ibson, vai nascer seu filho! O que você está esperando?’ Só então percebi [risos]. Peguei emprestado o carro [volante] do Jaílton porque o meu tinha ficado em casa”, disse.

A correria não impediu Ibson desde o dia seguinte ao nascimento do filho de ir a campo. Para ficar ainda melhor, o meio-campista ainda marcou um gol e, claro, homenageou o recém-nascido.

“Papai Joel disse para se apresentar a mim no dia do jogo ao meio-dia. Viajei para São Gonçalo no meio do dia. Ele nasceu à noite e eu fiquei virado até de manhã. Fui para o hotel e dormi do meio-dia às 17h”.

“Joguei, fiz um gol e honrei meu filho. Acabamos ganhando por 2 a 1 e fiz o gol de empate”, disse.

ESCONDENDO O LAPTOP DO PAPAI JOEL

Revelado pelo Flamengo em 2003, Ibson chegou ao Porto-POR. Apesar de ter começado a carreira no clube português como titular, começou a sofrer com lesões e perdeu terreno.

“Minha esposa estava grávida e eu queria voltar a jogar em alto nível pelo Flamengo. Então nos casamos e marquei meu retorno”, disse.

Sua chegada à Gávea coincidiu com a volta de Joel Santana ao clube. O volante nunca havia atuado sob o comando do treinador, mas não demorou para que ele fosse mais um “filho” do ‘Papa Joel’.

“Fiquei muito tempo sem jogar e estava um pouco inchado. Ele disse: “Ei meu filho, você está gordinho, precisa emagrecer, né?” [risos]. Ele é um cara sensacional”, disse.

Mesmo brincalhão, o técnico foi rígido durante as concentrações dos jogadores e proibiu que ficassem acordados até tarde.

“Estávamos na sala de concentração trabalhando no computador e ele batia na porta e dizia: “Papai Joel vai colocar as crianças para dormir. Tem jogo amanhã”, disse.

Para burlar as regras do treinador, coube aos jogadores enganar o Papa Joel caso quisessem ficar mais tempo acordados.

“Às vezes tentamos trapacear e colocar o computador embaixo da cama. Quando ele entrou, a gente já falou: “Estamos dormindo, professor” [risos]. Foi assim que começamos: dormir cedo [risos]”.

Até o nascimento do filho virou argumento para o volante chegar antes dos companheiros na concentração.

“Ele foi tão esperto que me concentrou dois dias antes do resto do elenco porque meu filho tinha acabado de nascer. Ele disse: você está muito cansado e precisa dormir. Jogamos domingo e quarta e não dormimos”, disse.

A correria comentada por Ibson aconteceu logo após a chegada dele e de Joel ao clube. Na época, o Flamengo passava por um momento delicado na temporada. A equipe rubro-negra ficou na 18ª colocação, dentro da zona de rebaixamento.

A partir da chegada de ambos, o time saiu das últimas colocações e terminou o Brasileiro daquele ano na 3ª colocação.

“Tivemos aquela correria porque tínhamos uns quatro jogos a menos por conta do Pan. Ficamos em terceiro e nos classificamos para a Libertadores. Esse time foi a base campeã em 2009”, relembrou o volante.

Ibson teria ainda outra passagem pelo Flamengo entre 2012 e 2013. Também vestiu as camisas de Spartak Moscou-RUS, Santos, Corinthians, Bologna-ITA e Sport. Aos 34 anos, defende o Minnesota United-EUA desde 2015.

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